A nossa Aluna MARIA LUISA CUCO do 6ºE é a autora da capa. Parabéns...
terça-feira, 28 de setembro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
UMA ESCOLA COMO A MINHA...
... interessante livro, que nos permite conhecer crianças de todo o mundo e tudo sobre a sua vida escolar.
Oferta da Professora e Amiga do Centro de Recursos, Magda Telhada. Obrigado.
Oferta da Professora e Amiga do Centro de Recursos, Magda Telhada. Obrigado.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Do... Jornal i... RESPEITINHO
À PARTIDA as crianças têm respeitinho. Respeitinho por tudo o que não lhes pertence, pela liberdade dos outros, pela dignidade humana, pela integridade física e por todos os direitos fundamentais que estejam em qualquer lista civilizada de direitos fundamentais.
À partida as crianças têm respeito por qualquer pessoa que seja mais alta, mais forte ou mais velha. E por quem tenha autoridade, direitos ou privilégios sobre ela.
Mas é só à partida. Logo ali, na casa da partida. Antes de os dados serem lançados. Porque logo a seguir, se quem manda não manda bem, se quem educa não dá o exemplo, se quem ensina não impõe regras e não dispõe de meios para as fazer cumprir, se quem brinca não o faz com gosto, se quem é mais velho se porta como uma criança, as crianças arrumam esse respeitinho chato e enfadonho bem lá no fundo da gaveta e esquecem-se de que alguma vez o conheceram.
É assim a vida do respeito: frágil. Ele tem mesmo de ser transportado com muito cuidado, e virado para cima, ou parte-se com uma simples queda ou empurrão. E uma vez em cacos, o respeitinho não consegue ser colado. Nem com cuspo, nem à força. O seu destino é o vidrão dos respeitos sem hipótese de poder vir a ser reciclado.
Desaparece, então, da vida das crianças. E depois, welcome to hell: ensinar, educar, brincar ou partilhar passam a ser desportos radicais só ao alcance dos mais audazes.
Do que o respeitinho precisa, meus senhores, não é de donos, é de quem o mereça receber. (Digo eu, que todos os dias me vejo às aranhas para não o partir).
Inês Teotónio Pereira
Jornalista
À partida as crianças têm respeito por qualquer pessoa que seja mais alta, mais forte ou mais velha. E por quem tenha autoridade, direitos ou privilégios sobre ela.
Mas é só à partida. Logo ali, na casa da partida. Antes de os dados serem lançados. Porque logo a seguir, se quem manda não manda bem, se quem educa não dá o exemplo, se quem ensina não impõe regras e não dispõe de meios para as fazer cumprir, se quem brinca não o faz com gosto, se quem é mais velho se porta como uma criança, as crianças arrumam esse respeitinho chato e enfadonho bem lá no fundo da gaveta e esquecem-se de que alguma vez o conheceram.
É assim a vida do respeito: frágil. Ele tem mesmo de ser transportado com muito cuidado, e virado para cima, ou parte-se com uma simples queda ou empurrão. E uma vez em cacos, o respeitinho não consegue ser colado. Nem com cuspo, nem à força. O seu destino é o vidrão dos respeitos sem hipótese de poder vir a ser reciclado.
Desaparece, então, da vida das crianças. E depois, welcome to hell: ensinar, educar, brincar ou partilhar passam a ser desportos radicais só ao alcance dos mais audazes.
Do que o respeitinho precisa, meus senhores, não é de donos, é de quem o mereça receber. (Digo eu, que todos os dias me vejo às aranhas para não o partir).
Inês Teotónio Pereira
Jornalista
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Com a colaboração dos nossos AMIGOS da Escola Secundária Daniel Faria Baltar, do Clube de Contadores de Histórias...
ESCUTA AS VOZES DA TERRA
Durante a infância, o meu avô era o meu melhor amigo. Quando estávamos juntos, tudo me parecia perfeito.
Gostávamos ambos de passear pelos bosques. Nunca íamos muito longe, nem andávamos muito depressa. Escolhíamos caminhos sinuosos. Enquanto caminhávamos, eu fazia imensas perguntas:
― Avô, porque é?
― O que se passaria se?
― Será que às vezes?
Um dia, perguntei:
― Avô, o que é uma oração?
O meu avô ficou em silêncio durante muito tempo. Quando chegámos junto das árvores mais altas da floresta, respondeu-me com uma pergunta:
― Alguma vez ouviste o murmúrio das árvores?
Pus-me à escuta, atento, mas foi em vão.
― Vê como as árvores sobem até ao céu. Tentam subir sempre mais. Querem chegar às nuvens, ao sol, à lua e às estrelas. Procuram elevar-se até ao céu.
Pensei nas árvores, procurei ouvi-las. Enquanto reflectia, sentei-me numa rocha velha, coberta de musgo. O meu avô explicou:
― As rochas e as montanhas também falam connosco. A sua calma e o seu silêncio inspiram-nos tranquilidade.
Depois de ter reflectido durante bastante tempo, peguei numa pedra e coloquei-a no meu bolso. Caminhámos um pouco mais, até junto de um ribeiro. A água borbulhava, cintilava, e viam-se pequenos peixes a nadar.
― Avô, os ribeiros também murmuram?
― Claro. Bem como todos os lagos, rios e cursos de água. Às vezes, correm tranquilamente. Espelham as nuvens, os pássaros, o sol ou as estrelas. Outras vezes, escoam-se em redemoinhos, lançam-se no mar ou evaporam-se no céu. E o ciclo recomeça. Também se riem e divertem com os seus amigos rochedos. Dançam, saltam, tornam a cair.Mas a natureza conhece outras formas de se exprimir. As ervas altas procuram o sol e as flores exalam o seu perfume doce. Quanto ao vento, sussurra, geme, suspira, e sopra-nos as suas palavras. Escuta o canto dos pássaros de manhã cedo, escuta o seu silêncio antes do nascer do sol. Consegues ouvir a melodia do pintarroxo ao cair da tarde? Os animais correm pela floresta, tornam-se reluzentes com a água, escalam montanhas, voam até às nuvens, ou refugiam-se na terra. É assim que todos os seres vivos participam na b eleza do mundo.
Calámo-nos os dois. O meu avô olhava o horizonte e eu reflectia no que ele me tinha dito sobre as rochas, as árvores, a erva, os pássaros e as flores. Acabei por lhe perguntar de que modo rezavam os homens. O meu avô sorriu e passou-me a mão pelos cabelos. Respondeu:
― Tal como a natureza, os homens têm a sua linguagem própria. Podem inclinar-se para cheirar uma flor, ver o sol despontar no horizonte, sentir a terra mover-se docemente, ou saudar o dia que começa. Pode-se passear num bosque coberto de neve num dia de Inverno e ver o próprio sopro confundir-se com o sopro do mundo. A música e a pintura são também formas de expressão, de linguagem. Às vezes, sentimo-nos tristes, doentes ou isolados. Então, repetimos as palavras que os nossos pais e avós nos legaram. Mas é preciso que cada um encontre as suas próprias palavras. O que é importante é dizer o que verdadeiramente se sente, o que nos vem do coração.
Passado algum tempo, o meu avô disse que eram horas de regressar. Mas eu tinha uma última pergunta:
― Será que há respostas para as nossas orações?
Sorriu.
― Se as escutarmos atentamente, as orações contêm as suas próprias respostas. Nós somos como as árvores, o vento e a água. Não podemos mudar o que nos rodeia, mas podemos mudar-nos a nós mesmos. É evoluindo que transformamos o mundo.
Depois deste passeio, ainda voltámos a passear juntos. De cada vez, tentei escutar as vozes da terra, mas creio que nunca as ouvi. Um dia, o meu avô deixou-nos. Continuei a pensar nele com todas as minhas forças, mas ele não voltou. Não podia voltar. Rezei até mais não poder. Depois, deixei de o fazer. Sem ele, tudo me parecia sombrio. Sentia-me muito só.
Alguns anos mais tarde, durante um passeio, sentei-me debaixo de uma árvore enorme. Os ramos mexiam e as folhas sussurravam. Ouvi o murmúrio de um ribeiro e o canto de um pintarroxo, pendurado numa madressilva. Ouvi também um ligeiro sussurro, misturado com o sopro do vento, com o canto dos pássaros e com o marulho da água.
Tal como o meu avô me ensinara, a terra falava comigo. Então, também eu murmurei, docemente:
― Obrigado pelas árvores grandes e pelas flores, pelos rochedos e pelos pássaros. E, sobretudo obrigado pelo meu avô!
Foi então que algo aconteceu.
Senti outra vez o meu avô perto de mim.
E, pela primeira vez desde há muito tempo, tudo me parecia perfeito.
Douglas Wood
Grandads Prayers of the Earth
Paris, Gründ, 2000
(Tradução e adaptação)
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Um sucesso a Recepção no Centro de Recursos e a oferta do LIVRO no primeiro dia...
O Director do Agrupamento Prof. Mário Silva, entrega o Livro no primeiro dia de aulas aos alunos do 5ºAno.
A Profª Helena Gomes coordenadora do PNL, falou com os alunos sobre a importância do "livro" e recomendou aos encarregados de educação que ajudem nesta promoção da leitura.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
AMIGOS DO CENTRO DE RECURSOS 2010.2011
A todos aqueles que das mais diversas formas, ajudaram a construir, valorizar, equipar e melhorar o nosso Centro de Recursos, reconhecido agradecimento:
António Pinheiro ( Assistente Operacional) - Oferta Livro
Neuza Santos ( Aluna 9ºB) - Oferta Livros
Profª Magda Telhada - Oferta Livros
Neuza Santos ( Aluna 9ºB) - Oferta Livros
Profª Magda Telhada - Oferta Livros
Cristina Castro ( Assistente Operacional) - Oferta Livros e Revistas
Casa Civil do Presidente da República ( Livro)
Fábio Santos (Aluno 8ºC) - Oferta Manuais
Profª Luisa Rosa - Oferta Revistas
Silvia Correia ( Assistente Operacional ) - Livros e Vídeos
Luisa Santos ( Assistente Operacional ) - Livros
Patricia Ventura ( Encarregada de Educação) - Livros
Prof. Tiago Oliveira - Livros
Paulo Jorge Pinto ( Encarregado de Educação) - Painéis Exposição Padre António Vieira
Casa Civil do Presidente da República ( Livro)
Fábio Santos (Aluno 8ºC) - Oferta Manuais
Profª Luisa Rosa - Oferta Revistas
Silvia Correia ( Assistente Operacional ) - Livros e Vídeos
Luisa Santos ( Assistente Operacional ) - Livros
Patricia Ventura ( Encarregada de Educação) - Livros
Prof. Tiago Oliveira - Livros
Paulo Jorge Pinto ( Encarregado de Educação) - Painéis Exposição Padre António Vieira
O Director do Centro de Recursos
Carlos Garcia
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
LER + PARA VENCER...
Na linha de continuidade dos dois anos anteriores, os alunos que vão iniciar o 1º e 2º Ciclos (1º e 5º anos) no ano lectivo 2010-2011, receberão um livro de oferta.
Com esta iniciativa o Ministério da Educação, o PNL e o nosso Agrupamento, esperam contribuir para que todos os alunos associem o momento da entrada ou mudança na escola ao prazer de ler e de aprender. Nas escolas do 1º Ciclo serão entregues 137 livros e na Escola EB 2,3 Mestre Domingos Saraiva, serão oferecidos 171 livros. Boas leituras.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
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... são os nossos desejos...
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